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O coletivismo é o inimigo número 1 da empatia!

Eu não sei se você estudou ou leu sobre a origem e a formação dos principais movimentos totalitários da história da humanidade, como o Nazismo de Hitler, o Fascismo de Mussolini ou o Comunismo de Stalin, mas o que eles tinham bastante semelhante, além do fato do controle total e irrestrito da vida pública e privada, era o fato de defenderem seus interesses através de um "bem comum", uma causa, considerada por eles, extremamente nobre.


Hitler, caso você não saiba, através do Nazismo, fazia discursos em praça pública falando que os Judeus eram a causa de todo o mal da humanidade. Movido pelo ódio, imputava na população, com discursos inflamados, principalmente pânico, medo e terror, justamente para que eles realmente aprovassem aquela ideia de que o mundo seria um local melhor sem os judeus. O povo judeu era o inimigo da sociedade, e combatê-los (leia-se exterminá-los, assim como os homossexuais) era a prioridade total, segundo Hitler.


E, pasmem, mas inicialmente a população alemã aplaudia a iniciativa. Manipulada pelo medo, com os meios de comunicação totalmente dominados pelas ideologias totalitárias, o povo alemão inclusive incentivava que seus amigos judeus fossem "passar férias" nos campos de concentração (havia inclusive propaganda na época de pessoas felizes e animadas indo para os campos, para que outras fossem incentivadas).


O resto, bom, o resto é história e você sabe hoje, em 2021, exatamente quem foi Hitler, quem foi Stalin, quem foi Mussolini, e talvez fique chocado ao relembrar alguns dos capítulos mais tristes e sombrios de nossa história.


Os movimentos totalitários tinham outra semelhança, em paralelo a tudo isso: a eliminação das singularidades, ou seja, quem ousasse pensar diferente, se opor, ter uma forma de agir que fosse oposta a ideologia totalitária, virava alvo, passava a ser inimigo e era devidamente combatido.


O objetivo aqui não é falar em detalhes sobre os movimentos, em especial o Nazismo, mas, passados quase 80 anos do fim da Alemanha Nazista, você consegue observar alguma semelhança disso tudo que foi exposto com o momento atual que estamos vivendo em nosso país?


Hoje em dia, muito se fala sobre empatia, mas antes de falarmos sobre, é preciso recapitular o que é exatamente a tal da empatia. Fazendo uma rápida pesquisa no Google, observa-se que empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, buscando agir ou pensar da forma como a pessoa pensaria ou agiria. E agora que você relembrou o significado, responda com sinceridade: existe empatia em nossa sociedade? (Seja sincero(a)!)


Os movimentos totalitários atuavam pelo viés do coletivismo, ou seja, enfatizando a interdependência de todos os seres humanos, colocando todo mundo dentro do mesmo sistema, da mesma caixa, do mesmo pacote, acreditando na ideia que o indivíduo é um ser que adquire sentido como parte de uma coletividade. Desprezavam, portanto, o oposto disso, o individualismo, em que se valoriza o autonomia e o livre-arbítrio do indivíduo.


Colocar o coletivo acima do indivíduo é um desrespeito (dependendo do caso, como a história mostra, um crime) e uma afronta às nossas singularidades. É ignorar o fato de que somos pessoas diferentes, com criações diferentes, crenças diferentes, vontades diferentes, opiniões diferentes e etc. É o indivíduo que se sobrepõe ao coletivo, e não o contrário.


Atualmente, da mesma forma que na época da Alemanha Nazista, também estamos passando por um momento de crise, política, fiscal, econômica e sanitária. Também há o pânico, o medo e o terror. Também existe a defesa de uma ideologia por uma "causa nobre" ou "bem comum". Você consegue se dar conta e perceber tudo isso?


E, nesse cenário, quem ousa pensar diferente, por mais que possua conhecimento e tenha um currículo e uma experiência invejáveis para tanto, é segregado, classificado das mais diversas formas, principalmente "negacionista", "gado", "mortadela", você pode imaginar os tantos apelidos 'carinhosos' que se criam por aí...


Temos todo o direito de ter nossas próprias ideologias, crenças, opiniões, e expressá-las quando assim acharmos necessário ou justo. Porém, isso não significa, nem de perto, que haverá uma concordância de quem estiver do outro lado. E, caso haja uma discordância, ao segregarmos e isolarmos essa pessoa, considerarmos como se ela simplesmente não tivesse direito ao pensamento, colocando-a como inimigo(a), estamos, diga-se com sinceridade, agindo exatamente como Hitler e sua turma. É isso o que você deseja, ser considerado(a) um(a) tirano(a)?


Isso vale tanto em termos coletivos, para nossas relações sociais, como nos nossos relacionamentos mais íntimos. Quantas vezes não justificamos uma ideia ou pensamento nosso dizendo que é uma questão de "bom senso" para que aquilo seja feito ou cumprido pela outra parte? Porém, voltando: somos pessoas diferentes, com formações diferentes, criações diferentes, gostos diferentes, vontades diferentes, que enxergam o mundo de maneiras diferentes. Por consequência, óbvio, podemos ter soluções diferentes para o mesmo problema!


Portanto, se você realmente defende e quer colocar em prática a empatia, comece a aceitar o contraditório, a oposição, não fique achando que você sabe tudo e que apenas a sua vontade e a sua opinião são bem embasadas e são, por conseguinte, corretas, com tudo que vier oposto a isso como errado e desprezível. Presuma que do outro lado exista alguém que saiba tanto quanto você e talvez não compartilhe da mesma linha de raciocínio ou da mesma ideologia.


Empatia é se colocar no lugar do outro, buscando agir ou pensar da forma como a pessoa agiria ou pensaria. Se levamos em consideração apenas quando a pessoa segue nossa própria linha de pensamento e raciocínio, estamos tendo egoísmo, autoritarismo, controle, manipulação, isso sim, e não empatia. E, pior, justificando o totalitarismo e a tirania por um "bem comum" que, no mínimo, não pode ser considerado como absoluto. É por isso que o coletivismo é o inimigo número 1 da empatia!

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