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A vida de um "negacionista"!

Imaginar que para problemas complexos e grandiosos existe sempre uma solução simples, rasa, única e universal, é desafiar, muitas vezes de forma criminosa e perversa, o senso de inteligência de qualquer cidadão minimamente instruído e com um pouco de senso e espírito crítico, que se permite avaliar e buscar o conhecimento necessário para tomar aquelas decisões mais adequadas a si e aos seus familiares.


Quando refletimos sobre nossa saúde, apenas como ilustração, objetivando uma vida longa e saudável, não podemos pensar por uma ótica simplista, talvez até mesmo infantil e imatura. Devemos, sim, por outro lado, enxergar a saúde por uma perspectiva integral, na qual praticamente tudo importa, todos os fatores, sejam eles pequenos, minúsculos, grandes ou maiúsculos.


Nossos pensamentos e emoções, por exemplo, caso você não saiba, formam a base, o pilar mais importante de nosso sistema imunológico. Por isso, mais do que nunca, a importância de se conhecer, de estar bem consigo mesma (o), de se aceitar, de manter pensamentos otimistas, de tentar enxergar o lado bom na dor e no sofrimento, cultivar boas relações sociais e familiares, aceitando as pessoas da forma como são, se tornar uma pessoa mais consciente e equilibrada emocionalmente. Quer a prova concreta disso?


Você já deve ter passado por alguma situação de estresse, seja no seu trabalho, no relacionamento, ou em alguma ocasião social. E, ao ficar com raiva, triste, angustiado (a), e não "colocar para fora" tal emoção (de forma saudável, é claro, não de um jeito grosseiro), o que acontece? Em geral, um sintoma físico, como uma dor de cabeça, aumento na pressão, diminuição da libido, infecções virais frequentes, tremores ou uma dificuldade para dormir. É a simples manifestação física do corpo mostrando que algo não está bem a nível emocional, como, nesse caso, o excesso de estresse. Essa dinâmica corpo emocional-corpo físico fica ainda mais clara na frase eternizada por Sigmund Freud: as emoções não expressas nunca morrem, elas são enterradas vivas e saem das piores formas mais tarde. Saem, muitas vezes, na forma de sintomas.


Por isso, quando pensamos em ter uma boa saúde, uma vida saudável de verdade, o começo de tudo, o primeiro pilar, é o nosso "mundo interno". Como um dia disse Mahatma Gandhi: as doenças são o resultado não só dos nossos atos, mas também dos nossos pensamentos. Cuidar de si, cuidar da sua saúde mental, compreender que o lado externo é um simples reflexo do lado interno, este é o primeiro passo.


E, ao julgarmos o primeiro passo, aquele que é o pontapé inicial para uma vida saudável, quantas pessoas você conhece que realmente entendem da importância dele? Menos de 3% da população brasileira busca por algum tipo de terapia. São muitas as pessoas, inclusive ao nosso redor, do círculo mais íntimo, que guardam rancores com relação ao passado, raiva de um antigo relacionamento, ressentimento por algum episódio que julgam como injusto, que nutrem sede de vingança contra seus "inimigos", buscando sempre "dar o troco". E o pior é que, ao encontrarem seus pares, que estão em caráter de igualdade neste quesito, com os mesmos tipos de sentimentos e rancores em situações de suas vidas, se veem no "caminho certo", acreditando não necessitarem fazer nada a respeito, propagando aquela crença totalmente absurda de que "terapia é para quem tem problemas", quando, na verdade, a pessoa que tem os problemas de fato se nega a admiti-los e enfrenta-los, assumindo e entendendo sua parcela de responsabilidade.


É claro que este é o primeiro passo, importantíssimo, que, como você viu pelos dados e informações apresentadas, quase ninguém percebe e reconhece a sua importância, 97% da população, mais precisamente. Porém, que fique claro, não é o único. Não basta cuidar de si e da sua saúde mental, deixando o seu "mundo interno" em perfeita ordem. É necessário também praticar atividades físicas de forma regular, manter uma alimentação equilibrada, além de cultivar hábitos saudáveis.


Segundo pesquisas recentes realizadas pelo IBGE, atualmente mais de 40% da população brasileira é completamente sedentária, não pratica nenhum tipo de atividade física. Além disso, 60,3% da população adulta no Brasil é classificada com 'excesso de peso', tendo o IMC acima de 25. Somente estas duas informações já são suficientes para que se acenda o sinal de alerta. A conversa aqui, antes que você pense em tecer qualquer crítica negativa a respeito, visando desconstruir o texto, não é sobre beleza, estética ou sobre um corpo escultural, mas sim sobre saúde, até porque, apenas relembrando, a obesidade é um fator sério de riscos para diversas doenças. Por isso, não se deve romantizar a obesidade. E a intenção, complementando, nem é fazer uma crítica social, coletiva, mas sim tocar em você que está lendo este texto, de forma individual, no seu íntimo: Como anda o seu cuidado com a sua saúde? Como anda a sua rotina de atividades físicas?


Muitas pessoas deixam de fazer algo pela falsa alegação, que no fundo é uma desculpa das mais esfarrapadas, da "falta de tempo". Na prática, ao analisar e atender diversas pessoas, dos mais variados tipos, observei clinicamente que por trás da alegação de "falta de tempo" muitas vezes está alguma razão emocional. A pessoa se sente culpada, por exemplo, porque trabalhou fora um dia inteiro, e caso vá frequentar a academia por mais uma hora além do horário comercial, se sente "abandonando" os filhos ou a família. E você percebe, nesse exemplo, como os pontos, os pilares, começam a se interligar?


Por não estar bem consigo mesma, a nível emocional, carregando um sentimento de culpa, muitas vezes até inconsciente, a pessoa deixa de cuidar de si a nível físico, deixa de praticar uma atividade física, sendo que, caso realmente fizesse, o resultado seria imensurável não apenas para si como também para as pessoas do seu convívio, que conviveriam com uma pessoa mais animada, disposta, feliz e com a autoestima em dia. Porém, pelo contrário, a pessoa não cuida de sua saúde nem a nível emocional, muito menos a nível físico, debilitando a sua saúde como um todo, prejudicando o seu sistema imunológico, ficando mais suscetível a qualquer tipo de doença.


Apresentamos dois pilares, importantíssimos, fundamentais, mas, quando pensamos em vida saudável, na saúde sob uma perspectiva integral, não podemos deixar de falar sobre um terceiro elemento, igualmente de suma importância, que é a alimentação. Mais uma vez, não é sobre estética ou sobre um corpo escultural, tampouco sobre algum tipo de dieta ultra restritiva, mas sim sobre saúde, sobre comer comida de verdade. O conhecimento está disponível e acessível para qualquer pessoa, basta ler os rótulos dos alimentos. Você tem coragem de colocar para dentro de você, ou dar para seus filhos, a quem você diz amar mais que tudo no universo, alimentos que você sequer é capaz de ler a lista de ingredientes, com nomes impronunciáveis e que nem parecem estar escritos em português?


O açúcar, apenas como exemplo, talvez você saiba que, se consumido em excesso, pode causar diabetes, terrível doença responsável por causar uma morte a cada cinco segundos no mundo (dados de 2021). No entanto, o que talvez você não saiba, e nunca tenha ouvido de ninguém, é que o açúcar só não é considerado uma droga ilícita, tal qual a cocaína ou a heroína, por conta do lobby da indústria, uma vez que produtos com altos níveis de açúcar vendem muito, dão lucro, e tem um gosto agradável. Se você for uma pessoa capaz de parar de consumir açúcar por 15 dias, sua pele melhora, você será uma pessoa mais bem-humorada, reduzirá sua ansiedade por comida, além de ter menos fadiga e mais disposição. É por você, pela sua saúde e pelas pessoas ao seu redor. Faça o teste!


É claro que cada pessoa sabe da sua realidade, principalmente se pensarmos a partir do ponto de vista financeiro. Freud eternizou uma frase que pode servir com referência neste quesito: nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons. O bom, nesse caso, não é inimigo do ótimo. Talvez sua realidade financeira não permita comprar alimentos orgânicos, por exemplo, mas você pode, adaptando suas possibilidades, comer mais frutas, verduras, hortaliças, comida viva, cereais integrais e etc. Uma banana é mais barata e acessível do que um hambúrguer industrializado da Sadia, desses que você coloca no micro-ondas e prepara em 1 minuto, repleto de corantes e conservantes. Comer comida de verdade, descascar mais, desembalar menos, da mesma forma que faziam nossos antepassados, nossos avós e bisavós, que sequer sonhavam em ter as opções industrializadas que temos hoje. Com certeza, se a medicina de 100 ou 200 anos atrás fosse avançada como é hoje, se todo o conhecimento de agora estivesse disponível naquela época, nossos avós e bisavós facilmente superariam os seus 100 anos de idade, de forma lúcida e saudável, uma vez que seus hábitos alimentares eram exemplo, referência.


Ainda no mesmo tópico, quer saber um hábito simples, que é quase certo que você não faz? Beber água. Já ouviu aquela história de que são necessários dois litros de água por dia? Esqueça isso, é completamente falso e desatualizado. O cálculo correto são de 50ml de água a cada Kg corporal, ou seja, uma pessoa de 80 Kg precisa tomar, diariamente, 4 litros de água, o dobro do mito popular. A hidratação, além de ser fundamental para o bom funcionamento dos órgãos, auxilia na questão estética, uma vez que elimina o sódio, ajudando na síntese proteica. A hidratação é algo básico, fácil, acessível, mas desprezado pela imensa maioria das pessoas.


Poderia escrever um livro falando sobre a saúde por uma perspectiva integral, mas apenas diante de tudo que foi aqui colocado e apresentado, você percebe como a sua saúde, ou melhor, a manutenção dela, viver uma vida saudável, depende de uma série de fatores, que se relacionam e interligam entre si? Você precisa ter um olhar amplo, sobre o todo, cuidando da sua saúde mental, física, biológica e espiritual. E é por isso, voltando ao início do texto, que não existem soluções simples, únicas, para problemas grandes e complexos.


A tentativa de simplificação extrema das coisas é um desserviço à população, ou, em alguns casos, podemos dizer que é até mesmo um ato criminoso, amparado por vários interesses escusos, ocultos e não claros à população, que acaba servindo como massa de manobra para que grandes corporações atinjam seus objetivos e recheiem seus bolsos de dinheiro.


"Vacina salva vidas". A questão aqui não é ser contra ou a favor de algum tipo de vacina ou qualquer tipo de protocolo, entrando em alguma guerra ideológica e política, mas sim deixar claro que, quando a pessoa passa anos, décadas, sem cuidar de si, da sua saúde mental e emocional, completamente sedentária, convivendo com a obesidade, com vício em açúcar ou álcool, assistindo a mídia tradicional, especialista em colocar o medo e o pânico na vida das pessoas, sendo incapaz de tomar sol, sem lembrar da necessidade de se hidratar, tornando-se pessimista de carteirinha, escolhendo os piores tipos de alimentos disponíveis no mercado, convivendo com pessoas treinadas a julgar e falar mal dos outros, dormindo mal e não fazendo um bom gerenciamento do seu nível de estresse, sem fazer um acompanhamento médico sério para verificar seus níveis de vitaminas e sua produção hormonal, não é uma vacina, o uso de máscara e álcool gel ou qualquer outro protocolo que solucionará tudo isso e reverterá tal quadro.


Isso seria jogar a responsabilidade que é sua para fora de si, algo totalmente irresponsável e imaturo. É não ter amor próprio, não ter o mínimo de cuidado e carinho consigo, é querer que algo externo, que venha de fora, solucione o seu próprio desleixo. Ao se vender para soluções extremamente simples, para slogans bonitinhos e midiáticos, quando na verdade a questão é bastante complexa, e não fazer o seu dever, a pessoa fica com uma falsa sensação de segurança. Imagina-se protegida, seja contra a doença mais atual ou contra qualquer outra, mas não percebe que a proteção de fato ocorrerá caso ela seja capaz de fazer a sua parte. E é isso, no meu ponto de vista, que realmente caracteriza uma pessoa como "negacionista". Aquela pessoa que nega a importância de tudo isso, mesmo com o conteúdo e o conhecimento disponível aos quatro cantos, e ainda condena quem cuida da sua saúde de verdade. Este é o verdadeiro "negacionista".


O que adianta se vacinar, seguir os "protocolos", utilizar máscara, manter distanciamento social, fazer tudo isso, sem procurar viver uma vida saudável, assumindo a responsabilidade por seus hábitos, escolhas e comportamentos? Quantas pessoas que não seguem a orientação do uso de máscara, mas tiram "apenas" para fumar o seu cigarro ou comer as suas frituras feitas em óleo vegetal? Ou quantas pessoas que defendem com unhas e dentes as vacinas, mas são completamente sedentárias, em alguns casos até obesas, não tendo o mínimo de vontade de sair de tal situação?


Perceba que uma coisa não elimina a outra, o radicalismo não é e nem nunca será o caminho. Pelo contrário, as questões se complementam. A vacina pode sim servir para amenizar os sintomas, não apenas a vacina contra a Covid-19, mas toda e qualquer vacina já existente no mundo, como são as vacinas contra hepatite, febre amarela ou Influenza. No entanto, nenhuma vacina faz o seu trabalho, o seu dever de casa, e é isso que precisa adentrar à sua consciência. Se tentar alertar a população sobre a importância de tudo isso, tentando com que se tenha um olhar sobre a saúde de forma ampla, é ser uma pessoa "negacionista", você acaba de ler o relato da vida de um "negacionista".


Agora, se você realmente compreendeu a mensagem, e, mais do que isso, assimilou a importância do que foi dito, pretende se esforçar, e quer começar cuidando do seu "mundo interno", da sua saúde mental e emocional, saindo do estado de hipnose ou histeria coletiva, clique aqui e conheça meu trabalho para ver de que forma posso ajudar.

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